Vacinação contra o HPV previne o câncer do colo do útero, alerta especialista
De acordo com o Inca, no Piauí, esse é o segundo tipo de câncer mais comum entre as mulheres

De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) no Brasil, o câncer do colo do útero é o terceiro tipo de câncer mais comum entre as mulheres. Já no Piauí, esse dado ocupa a segunda colocação, ficando atrás do câncer de mama. Para fazer um alerta, e orientar as mulheres como se prevenir e tratar essa doença, o programa Entrevista desta quinta-feira (13) recebeu a médica oncologista, Alana Moura Fé, que falou melhor sobre o tema. A entrevista foi realizada no espaço Senses do Gran Hotel Arrey.
Segundo a médica, esse tipo de tumor se desenvolve na grande maioria das vezes de forma precoce após os 20 anos de idade. "Quase 80% dessas mulheres desenvolvem o câncer na idade entre 25 e 64 anos. Essa é uma idade precoce, por isso que falar sobre prevenção e sobre o rastreamento que é quando a gente consegue detectar muito precisamente, são muito importantes exatamente por conta dessa prevalência elevada na população, especialmente nesse grupo mais jovem", disse.
A oncologista também lembrou que em quase 100% dos casos o vírus do HPV é quem provoca essa doença nas mulheres. Segundo a profissional, esse é um vírus prevalente na população, mas que existem alguns subtipos que geram risco maior de causar esse câncer. Lembrou dos fatores de risco para essa infecção, que incluem: iniciar a vida sexual cedo, ter vários parceiros sexuais e imunidade baixa.
Prevenção
A médica lembrou da importância da vacinação contra o HPV, que é disponível para meninos e meninas de 9 a 14 anos de idade pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e ajuda a prevenir a doença.
"Infelizmente apesar de ter a vacina e essa ser a principal prevenção contra um câncer, existe um mito muito grande e faz com os pais tenham medo que a criança inicie a vida sexual porque vai vacinar. É importante que essa vacina seja dada na população infantil porque é justamente no momento em que ela não vai entrar em contato com o vírus, e isso vai fazer toda a diferença. Então a gente precisa desmistificar, levantar as bandeiras dessa vacinação, é uma imunização super segura e é importante que a gente fale sobre isso", lembrou.
Veja a entrevista completa na TV Teresina Diário no Youtube.